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terça-feira, 4 de outubro de 2011

O que é acupuntura?

É uma técnica milenar chinesa que busca reequilibrar o organismo. A palavra acupuntura origina-se do latim, sendo que acus (agulha) e punctura (puncionar).

Como funciona?

Cada órgão tem o seu meridiano, onde existem os pontos de acupuntura. Quando inserimos uma agulha há estimulação que desencadeia reações bioquímicas no organismo, como por exemplo, a liberação de endorfinas.

Com que é feita essa estimulação?

Pode ser utilizada agulha, semente, moxa (erva Artemisia vulgaris), ventosa ou pressão com os dedos (do-in/shitsu), geralmente utilizado na reflexologia e estimulo elétricos, por exemplo, o lazer.

Trata o que?

• Insônia, depressão, ansiedade, estresse, pânico.
• Obesidade, tabagismo;
• Dor de cabeça, zumbido, dor na coluna, fibrimialgia, artrite reumatóide;
• Resfriado, gripe, asma, sinusite, rinite;
• Enfisema pulmonar, bronquite, faringite;
• Seqüelas de A.V.C., paralisia, hemiplegia, paralisia facial;
• Constipação, cólica, tensão pré-menstrual, irregularidades menstruais;
• Emagrecimento, celulites, rugas.

Quais as vantagens da acupuntura?

Além de tratar inúmeras doenças e aliviar dores. Deve ser enfatizado que é, também, um tratamento preventivo, ou seja, a Acupuntura pode ser aplicada no indivíduo sadio, para estimular seu sistema imunológico, permitindo assim prolongar seus períodos de bem-estar e de saúde.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

SHIATSU

O que é?

Uma terapia manual desenvolvida no Japão, no início do século XX, embora originária na China. Reconhecida pelo Ministério da Saúde e indicada para prevenir e tratar doenças. A palavra é derivada do japonês SHI que significa "dedo" e ATSU "pressão", ou seja, pressão com os dedos.


Qual é o objetivo?

• Atuar na circulação;
• Promover a homeostase orgânica e psíquica;
• Pressão em músculos tensos ou doloridos, para melhorar a circulação do sangue.


Qual é o resultado?

• Relaxa o sistema nervoso e muscular;
• Desenvolve um ritmo de respiração mais eficiente;
• Melhor equilíbrio energético/muscular.


Quais são as indicações?

• Tratamento do estresse;
• Reequilíbrio dos centros de energia;
• Harmonização interior;
• Relaxamento geral;
• Revitalização;
• Desenvolvimento da consciência;
• Sensibilização corporal;
• Manutenção e prevenção da saúde;
• Alívio de dores.

Contra-indicações:

• Febre;
• Infecções;
• Doenças contagiosas;
• Fraturas;
• Câncer ainda sem tratamento.


domingo, 17 de julho de 2011

Lipomassagem:

Lipomassagem ou powermassagem tem por finalidade eliminar gordura das células adiposas pela corrente sanguínea, urina e fezes. Porém, a massagem não é milagre, deve estar associada com alimentação e exercício físico, pode ser feita duas vezes por semana, mas o ideal são três vezes por semana com duração de aproximadamente 50 minutos. O ritmo da massagem é intenso com deslizamentos profundos, o resultado é uma redução de medidas em poucas sessões, e, além de realizar a quebra de gordura, ameniza o problema da celulite e também tem efeito modelador.

Na primeira sessão já há uma diferença, porém o ideal para visualizar um ótimo resultado é a partir da vigésima sessão. Dependendo do organismo na décima sessão a pessoa já terá um bom resultado, porém esse depende da idade, pois pessoas mais velhas demoram mais para obter resultado devido a questões hormonais.

Fatores que influenciam no resultado da lipomassagem:

Sobrepeso: Uma pessoa acima de 10 Kg de seu peso apresenta mais dificuldade na redução corporal.

Estresse: Pesquisas mostram que o estresse pode fazer o corpo armazenar o excesso de calorias na região do abdômen, principalmente em mulheres. Há dois tipos básicos de gordura: a visceral e a periférica. Periférica: é armazenada logo abaixo da pele e aparece principalmente nas coxas e nos quadris. Representa menos riscos à saúde do que a gordura visceral, que forma uma camada de gordura ao redor dos órgãos internos. Pessoas com esse tipo de gordura têm maior probabilidade de apresentar doenças cardíacas, colesterol alto e diabetes. Se o estresse persiste por longo tempo, o resultado pode ser o aumento da circunferência abdominal, pois a gordura visceral é depositada no abdômen. O estresse pode também aumentar o apetite, levando a pessoa a dar preferência por carboidratos que são alimentos rapidamente transformados em açúcar no sangue, que é fonte de energia para células, bem como doces.

Contra-indicações:

Fratura ;
Hipertensão;
Diabetes;
Gestantes;
Pessoas que tem histórico de câncer.

Diferença entre drenagem linfática e lipomassagem:

Na lipomassagem há manobras mais fortes, porque é necessário “quebrar” as gorduras para eliminá-las. É por isso que as primeiras sessões são doloridas. No termino da massagem essa gordura é levada para os gânglios linfáticos para posteriormente ser eliminada pelo sangue, urina e fezes.

Já a drenagem linfática é superficial e deve ser feita na velocidade da linfa que é 47mmHg (milímetro mercúrio). Sendo assim, é uma massagem mais lenta para a retirada de líquidos, inchaços, edemas, principalmente em pós-cirúrgicos, gestante e pacientes que apresentam linfedema.

sábado, 18 de junho de 2011

Drenagem linfática:

O que é?

É uma técnica de massagem que trabalha o sistema linfático, estimulando-o a trabalhar em um ritmo mais acelerado, mobilizando a linfa até os gânglios linfáticos. Eliminando o excesso de líquido e as toxinas. Essa técnica foi desenvolvida em 1932 pelo terapeuta dinamarquês Vodder e sua esposa. É aplicada com movimentos de pressão leve, suave, rítmica, lenta e precisa.

O que é linfa?

É o líquido existente nos vasos dos gânglios linfáticos. É caracterizada por sua viscosidade, ausência de cor, por conter substâncias orgânicas e inorgânicas, resíduos e toxinas. É um líquido transparente constituído essencialmente pelo plasma sanguíneo e por glóbulos brancos. É transportada pelos vasos linfáticos em sentido unidirecional e filtrada nos linfonodos. Após a filtragem, é lançada no sangue, desembocando nas grandes veias torácicas.

Função da drenagem linfática:

É retirar os líquidos acumulados entre as células e os resíduos metabólicos. Ao serem retirados do local armazenado, tais substâncias são encaminhadas para o sangue através da circulação. Essa técnica também estimula a regeneração dos tecidos, melhora o sistema imunitário, é relaxante e tranqüilizante, combate a celulite e a gordura localizada e ainda melhora a ação antiinflamatória do organismo.

Composição do Sistema Linfático:

• Vasos linfáticos;
• Linfa;
Órgãos linfáticos:
– Amígdalas;
– Baço;
– Linfonodos;
– Timo.

Órgãos Linfáticos:

Amígdalas: são pequenas estruturas arredondadas, ajuda a evitar infecções, produzindo anticorpos.
Baço: é o maior dos órgãos linfáticos. Função imunológica de produção de anticorpos e linfócitos.
Linfonodos: Atuam na defesa do organismo humano e produzem anticorpos.
Timo: função protetora, com a produção complementar de anticorpos.

Efeitos Positivos da drenagem linfática:

• Estimular equilíbrio: filtração/absorção;
• Absorção de gorduras;
• Melhor oxigenação tecidual;
• Melhora a defesa e ação antiinflamatória;
• Aumento do potencial reparador;
• Estímulo a melhor cicatrização.

Indicações:

• Hidrolipodistrofia Ginóide (celulite);
• Gordura localizada;
• Pré e pós cirurgia plástica;
• Pós lipoaspiração;
• Cicatrizes retráteis;
• Relaxamento;
• Gestante após o 3° mês e com liberação médica;

Contra-indicação:

• Câncer (suspeita ou em tratamento);
• Febre;
• Afecções cutâneas;
• Infecções agudas;
• Trombose;
• E outras patologias.

PRÓXIMO ASSUNTO: Lipomassagem.

sábado, 28 de maio de 2011

OS CONES VAGINAIS NO TREINAMENTO DA MUSCULATURA DO ASSOALHO PÉLVICO:

A maioria dos casos de incontinência urinária pode ser tratado conservadoramente, ou seja, não precisa de intervenção cirúrgica. No caso de indicação cirúrgica, deve-se fazer o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico para uma preparação pré-operatória e também no pós cirúrgico para se ter uma melhor resposta ao tratamento. Dentre as várias técnicas utilizadas para esse tratamento, estão os cones vaginais.

Quando as pacientes inicia a fisioterapia, muitas vezes há dificuldade em realizar as contrações perineais de forma correta. Cerca de 30% das pacientes executam os exercícios de forma inadequada, ou seja, utilizando músculos acessórios: abdominais, glúteos e adutores das coxas. Para essas pacientes os cones são uma ótima alternativa, pois melhora a percepção da musculatura pélvica.

Os cones vaginais são dispositivos com forma e volume iguais, que variam de peso (entre 20 – 70g). Para facilitar eles possuem cores diferentes, conforme o peso. Internamente são compostos de aço inoxidável e são revestidos de plástico. Na extremidade inferior há um fio de nylon, que auxilia a remoção. Como visto na figura abaixo.

O cone é inserido na vagina da mesma maneira que os absorventes internos. Para que ele continue na vagina é necessário que a paciente contraia a musculatura do assoalho pélvico. A sensação do peso saindo faz com que a paciente contraia involuntariamente a musculatura correta.

A escolha do peso é feita através de um teste: Verifica-se qual cone provoca a sensação de perda, ou seja, sensação de queda. Se com o cone de 20 gramas a paciente não tem essa sensação, ela deve passar para o próximo, e assim, sucessivamente. O treinamento é feito com o cone que “tende a cair”, até que a paciente melhore sua condição muscular e consiga contê-lo, passando então para o próximo.

É importante lembrar que a utilização de qualquer técnica de reabilitação deve ter a orientação de um fisioterapeuta habilitado, que saberá avaliar quais técnicas terão melhores resultados para cada caso.

ASSUNTO DA PRÓXIMA SEMANA: Drenagem linfática.

FISIOTERAPIA NA CÓLICA MENSTRUAL:

A cólica menstrual, também conhecida como dismenorréia, é um grande problema das mulheres atualmente. Este distúrbio é caracterizado por dores intensas no baixo ventre, podendo até mesmo ser irradiada para a parte interna das coxas, provocada por contrações intensas do útero, ocorre imediatamente anterior ao início da menstruação ou nos primeiros dias do ciclo menstrual.

A dismenorréia pode ser primária ou secundária. A forma secundária é causada por miomas, DIU, endometriose, infecções e outras alterações uterinas e pélvicas. A forma primária é causada pelas contrações uterinas em si, sem associação com outras alterações que possam justificar a dor. Cerca de 52% das mulheres que sofrem de dismenorréia apresentam a forma primária, sendo que 10% delas chegam até mesmo a ficarem incapacitadas pela dor.

O tratamento geralmente é baseado em medicamentos, incluindo analgésicos, antiespasmódicos e anticoncepcionais. Infelizmente, muitas vezes esses tratamentos, não apresentam resultados ou os resultados são insatisfatórios. A fisioterapia é outra possibilidade de tratamento, ainda pouco conhecida pela maioria das pessoas, mas bastante estudada e eficaz.

Tipos de tratamentos fisioterapêuticos:

Eletroterapia: O TENS, famoso “choquinho” é um excelente recurso da fisioterapia nos tratamentos de diversos tipos de dor.

Termoterapêuticos: Infra-vermelho, causa analgesia e relaxamento da musculatura.

Cinesioterapia: Exercícios principalmente na região pélvica, para melhorar a coordenação muscular, alongar os músculos e promover o relaxamento destas estruturas. Além disso, o exercício promove naturalmente uma sensação de bem-estar que sempre ajuda a aliviar a dor.

Acupuntura: Utiliza-se pontos de acupuntura relacionado a cólica menstrual, assim também para TPM e dores que a pessoa possa sentir no momento da cólica, tais como a dor na perna, lombar, enjôos e etc. É necessário de uma uma avalição com o profissional qualificado para traçar o melhor tratamento e pontos a serem utilizados.

Massagem reflexa/shiatsu: Realiza-se massagem em pontos relacionados aos problemas de cólica mentrual.

Massagem do tecido conjuntivo: Acredita-se que as alterações do tecido conjuntivo nas áreas de superfície corporal correspondam a lesões dos órgãos internos. É realizado uma massagem com pressão no local correspondente ao problema de base, no caso a cólica menstrual.
O tratamento pode durar aproximadamente três meses, com apenas duas sessões por semana, alivia o problema durante o tratamento e esse alívio ainda persiste após o término do tratamento.

Simples, não é?! E sem contra-indicações.
Sua vida pode ser melhor!

PRÓXIMO ASSUNTO: Cones vaginais.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

ENURESE:

É a perda involuntária de urina durante o sono em crianças acima de 5 anos de vida.

Causas:

Durante a noite ocorre redução da produção de urina, para que a capacidade total da bexiga não seja ultrapassada e a inibição do músculo da bexiga possa acontecer. Quando a bexiga fica muito cheia, atingindo sua capacidade, a criança deve acordar e o reflexo de micção deve ser inibido, para dar tempo de chegar ao banheiro. Crianças com enurese têm mais dificuldade em despertar.

Existe um componente hereditário, mas somadas ao fator hereditário estão às influências do meio ambiente.

Algumas outras situações podem colaborar para a existência da enurese: constipação intestinal, poliúria (urinar mais do que 8x ao dia) provocada pela diabetes melito, ou mesmo alguma disfunção neurológica. Fatores psicológicos também podem estar associados, como separação dos pais, abuso sexual, entre outros traumas.

Diagnóstico:

Além de uma anamnese profissional, é importante que a criança faça um diário miccional. Nele os pais junto com a criança anotarão os hábitos miccionais, ingestão hídrica e de alimentos.

Deve fazer uma consulta com o urologista para um exame físico, detectando possíveis anormalidades anatômicas e neurológicas. E também um exame de urina tipo I, para afastar a presença de infecção urinária e/ou diabetes.
Em caso de dúvidas pode-se solicitar outros exames, como avaliação de fluxo urinário ou ultra-sonografia de vias urinárias.

Tratamento:

É recomendado normalmente a partir dos 7 anos de idade, quando se espera que a criança já tenha adquirido a maturação da via urinária.

Mudanças comportamentais:

Baseado na história e no diário miccional são feitas mudanças nos hábitos da criança.

Orientação:

1)A criança deve urinar de 3 em 3 horas durante o dia, ou seja com horário marcado.
2)Durante o dia é importante que ela beba líquidos e coma alimentos com fibras, para melhorar a evacuação.
3)Durante a noite deve-se evitar ingesta elevada de líquidos.

Fisioterapia:

O fisioterapeuta irá trabalhar com exercícios a conscientização e fortalecimento do assoalho pélvico, juntamente com as orientações comportamentais citadas acima.

No caso da enurese secundária, onde as perdas noturnas não aconteciam, e começam a ocorrer após algum evento como separação, mudança de escola e etc., muitas vezes é necessário procurar ajuda de um psicólogo.

ASSUNTO DA PRÓXIMA SEMANA:Cólica

sábado, 7 de maio de 2011

Biofeedback:

A importância da fisioterapia está cada vez mais reconhecida na área da saúde, tanto nos casos de pós-operatório quanto nos casos em que sua eficiência chega a evitar uma intervenção cirúrgica.

A incontinência urinária, que antes era resolvida apenas por cirurgia, hoje tem uma chance a mais através da fisioterapia. O tratamento para esse caso é pouco divulgado e conhecido.

Dentre varias formas de tratamentos fisioterapêuticos para incontinência urinária já discutidos, temos também o biofeedback, esse recurso é realizado por uma sonda introduzido no paciente e na medida em que ele contrai, o aparelho responde com um sinal visual, com isso o profissional consegue medir a evolução do paciente.

O biofeedback pode ser utilizado associado com exercícios pélvicos. Esses exercícios não auxiliam apenas em casos de incontinência urinária, e sim também no desempenho sexual da mulher, pois a mulher aprenderá a ter um maior controle de sua musculatura.

O tempo necessário para o restabelecimento da mulher com incontinência urinária varia de acordo com o quadro e o esforço de cada paciente, e os resultados são excelentes. Pois, a paciente que faz o tratamento de forma adequada chega uma hora que alcança um estágio como se nunca tivesse tido incontinência e passa a ter o controle de forma involuntária, com o bem estar social.

ASSUNTO DA PRÓXIMA SEMANA: Enurese

domingo, 1 de maio de 2011

Eletroestimulação no tratamento da incontinência urinária:

Quando é utilizada uma corrente elétrica nos tecidos humanos, conforme os parâmetros aplicados pelo fisioterapeuta, ela pode promover contração muscular, trofismo, ativar a circulação e diminuir a dor. Para o tratamento de incontinência urinária a eletroestimulação é utilizada para o fortalecimento muscular, associado a contrações voluntárias do paciente.

Porém, o fisioterapeuta deverá realizar uma avaliação para analisar o melhor tipo de corrente a ser utilizada no paciente que varia conforme o seu problema de base, ou seja, o tipo de incontinência. Por exemplo: No caso de incontinência urinária de esforço ou estresse a corrente será para inibição das contrações involuntárias da bexiga, já na hiperatividade da bexiga será para melhorar a circulação local e nos casos de dor pélvica para analgesia.

Durante a eletroestimulação são utilizados eletrodos vaginais, com gel hidrossolúvel. No caso de impossibilidade do uso de eletrodo interno, poderá ser utilizado eletrodo de superfície, na região perineal.

Geralmente o tratamento dura aproximadamente 12 semanas, com 2 sessões semanais, sendo que cada sessão de eletroestimulação dura 20 a 30 minutos. No programa de reabilitação, a eletroestimulação é uma das formas de tratamento, que não deve ser exclusiva. Programas educacionais, medidas comportamentais, exercícios e biofeedback são outras formas de tratamento que podem estar associadas à estimulação elétrica.

O ideal é consultar um fisioterapeuta especializado, que através de uma avaliação cuidadosa poderá decidir quais formas de tratamento serão eficazes no seu caso.

Lembre-se: A perda de urina não deve ser considerado um problema normal, nem mesmo no envelhecimento. Se você perde urina procure ajuda profissional.

ASSUNTO DA PRÓXIMA SEMANA: Biofeedback

domingo, 24 de abril de 2011

Exercícios para o assoalho pélvico:

O primeiro a pesquisar a eficácia dos exercícios pélvicos nos tratamentos de perda urinária foi Kegel, em 1948. Na época ele recomendava 300 contrações perineais simples diárias. Posteriormente, surgiram outros autores que estudaram esse assunto e analisaram que este número era exagerado, pois pode causar fadiga muscular.

Atualmente sabe-se que é necessário trabalhar tanto a força como a resistência das fibras musculares da região pélvica, e os exercícios são feitos de forma distinta, de acordo com o tipo de fibra muscular.

Para que os exercícios sejam efetivos é necessário contrair a musculatura correta, evitando-se assim a contração simultânea de músculos acessórios, tais como: abdominais, adutores das coxas e glúteo máximo. Quando esses músculos atuam conjuntamente a atividade contrátil dos músculos do assoalho pélvico diminui.

Estudos mostram que muitas pacientes não conseguem contrair adequadamente a musculatura do assoalho pélvico, por isso sempre é necessário receber orientação profissional com fisioterapeuta especializado nessa área.

Tente “descobrir” essa musculatura, comece deitada, com os joelhos dobrados e as mãos no abdome para senti-lo. Contraia os músculos da vagina e ânus por 5 segundos e relaxe em seguida, sem forçar os abdominais e as coxas, repita 10 vezes. Descanse por 10 segundos e faça 10 repetições rápidas de 1 segundo cada, 5 vezes. Essa série pode ser repetida 3 vezes, porém não deve esquecer de descansar entre as séries para não fadigar a musculatura.

Toda mulher deveria aprender a fazer uma contração do assoalho pélvico adequada como forma de prevenção de uma incontinência urinária, além de melhorar relação sexual.

No programa de reabilitação os exercícios vão além das contrações perineais. Outros aspectos importantes devem ser trabalhados, como: mobilidade pélvica, consciência corporal, coordenação motora e postural. Então marque já a sua consulta no fisikate@gmail.com, saúde em primeiro lugar, não deixe para depois.

ASSUNTO DA PRÓXIMA SEMANA:Eletroestimulação no tratamento de incontinência urinária.

sábado, 16 de abril de 2011

SINDROME DA BEXIGA HIPERATIVA:

A síndrome da bexiga hiperativa é uma alteração funcional caracteriazado por urgência ou urgência-freqüência ou urge-incontinência, usualmente acompanhada de noctúria e aumento da freqüência urinária. Faça o teste abaixo e veja se você tem a possibilidade de ter a bexiga hiperativa.

Sintomas típicos:

Polaciúria: Urinar mais de 8 vezes por dia.

Urgência: Quando sente um desejo forte e imediato urinar.

Urge-incontinência: Quando sente urgência de urinar e caso não urine rapidamente, pode perder urina na roupa.

Noctúria: Acordar mais de 2 vezes a noite para urinar.

Para ter bexiga hiperativa, o indivíduo deve apresentar um ou mais desses sintomas.

O que ocorre com o organismo na bexiga hiperativa?

Enquanto a bexiga enche, ela deve ficar relaxada, só contraindo na hora da micção, mas pessoas com bexiga hiperativa o músculo detrusor (que é o músculo da bexiga) faz contrações fora de hora, durante o enchimento.

Como Tratar?

O tratamento pode ser medicamentoso, mas medidas comportamentais e técnicas fisioterapêuticas específicas também trazem bons resultados.

Medidas comportamentais:

1) Controle da dieta: Eliminar ou reduzir a ingestão de alimentos ou de bebidas irritam a bexiga, como: Chá, café e bebidas com cafeína em geral, álcool, cítricos (bebidas e frutas), tomate e produtos a base de tomate, alimentos muito condimentados ou ácidos e adoçantes artificiais.

2) Manter a regularidade do funcionamento do intestino: O intestino preso pode aumentar a pressão sobre sua bexiga, gerando efeitos negativos na função urinária.

3) Manter um peso corporal adequado: Sobrepeso ou obesidade provocam aumento da pressão sobre a bexiga, o que contribui para adquirir problemas urinários.

4) Parar de fumar: O fumo é irritante para a bexiga, além de provocar tose, o que aumenta constantemente a pressão abdominal, favorecendo a problemas de controle urinário.

5) Beber de 6 a 8 copos de líqüidos que não causem irritação, para a urina não ficar muito concentrada e não irritar a bexiga.

6) Treinar a bexiga: Tentar controlar a urgência aumentando o intervalo entre as micções gradualmente.

7) Fazer fisioterapia para reabilitação do assoalho pélvico, que com eletroestimulação pode diminuir essas contrações involuntárias da bexiga.

ASSUNTO DA PRÓXIMA SEMANA: Fisioterapia - exercícios para assoalho pélvico.

sábado, 9 de abril de 2011

TIPOS DE TRATAMENTO DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA:


Existem muitas opções para tratar a incontinência urinária. Que incluem:

Medicações: Melhora a função dos nervos ou músculos da bexiga ou uretra.

Terapia comportamental: São algumas mudanças no comportamento e/ou estilo de vida visando à continência.

Retreinamento vesical: Urinar com horário marcado.

Fisioterapia: Exercícios para o assoalho pélvico, uso de aparelhos elétricos para o estímulo da musculatura, assim como também para avaliar o paciente e, dessa forma, saber se este esta contraindo e relaxando os músculos do assoalho pélvico no momento correto. Acompanha a terapia comportamental e retreinamento vesical.

Procedimentos cirúrgicos: Recomendados só em casos mais graves de incontinência, são usados para reparar lesões, anormalidades ou mau funcionamento dos músculos ou tecidos do trato urinário.

Algumas medidas podem ser realizadas para melhorar a condição de incontinência urinária, tais como, perder peso, parar de fumar para diminuir a tosse crônica, tratar a constipação, diminuir o consumo de café entre outros alimentos que irritam a bexiga. E para a prevenção deve-se instituir uma rotina dos Exercícios de Kegel, principalmente após o parto vaginal e após cirurgias sobre a região pélvica.

Obs: Se os tratamentos médicos, fisioterapêuticos ou cirúrgicos falharem, há alternativas para assegurar um bem - estar e conforto para o paciente. Entre estas alternativas, estão o uso de absorventes (fraldas descartáveis), inserção de um pequeno tubo (cateter) para mecanicamente drenar a urina da bexiga, e uso de equipamentos externos para coletar urina.

ASSUNTO DA PRÓXIMA SEMANA: Bexiga hiperativa.

domingo, 3 de abril de 2011

TIPOS DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA:


O tipo de incontinência urinária é classificado de acordo com o problema de base.

Incontinência urinária transitória:

Geralmente associada por infecção urinária, constipação intestinal importante, uso de medicações, doença aguda, desordens psicológicas, inflamações da bexiga, retenção urinária e desordens hormonais. Desaparece após o tratamento da causa subjacente.
Quando há uma piora progressiva da doença, a incontinência urinária pode torne-se persistente.

Tipos de incontinência urinária persistente:

Incontinência de estresse ou esforço:

Pequenas quantidades de urina são perdidas quando o indivíduo faz atividade que ocorre o aumento repentino da pressão intra-abdominal, como por exemplo: tossir, espirrar ou durante atividade física (correr, pular, etc.). A pressão na uretra deve ser superior a da bexiga mesmo em situações de esforço como tosse, onde ocorre aumento da pressão intra-abdominal.

As causas possíveis da incontinência de esforço são: Fraqueza do esfíncter; Na fase da menopausa, por diminuição da resistência ao fluxo urinário pela uretra (devido a deficiência de estrógenos); Alterações anatômicas causadas por múltiplos partos ou por uma cirurgia pélvica.

Urge-incontinência:

É o tipo mais comum de incontinência urinária na mulher. Refere-se ao súbito e forte desejo de urinar seguido imediatamente de uma contração involuntária da bexiga, resultando em perda de urina. A incontinência de urgência pode ocorrer durante o sono, após beber pequena quantidade de água, ou quando a pessoa ouve o barulho de água.
As causas possíveis são: Infecção do trato urinário; Bexiga hiperativa; Obstrução do fluxo urinário; Cálculos e tumores na bexiga; Medicamentos (diuréticos).

Incontinência mista:

É a combinação dos dois tipos acima.

Incontinência por transbordamento:

A bexiga enche em excesso e pequenas quantidades de urina vazam sem qualquer aviso. Ou seja, o indivíduo não sente a vontade de urinar. Essa incontinência pode ser causada por obstrução ao fluxo urinário; Músculo detrusor da bexiga enfraquecido; Disfunção nervosa; Medicamentos.

ASSUNTO DA PRÓXIMA SEMANA: Forma de tratamento e prevenção.

sábado, 26 de março de 2011

O QUE É INCONTINÊNCIA URINÁRIA?

Como dito anteriormente a Incontinência Urinária é a perda involuntária de urina, causando um desconforto social e higiênico. Ela ocorre quando o estoque e o esvaziamento de urina na bexiga não funcionam de uma maneira coordenada. Esta falta de coordenação é devido a um mau funcionamento dos nervos e músculos da bexiga ou uretra. Embora os músculos do trato urinário possam perder algum tônus quando envelhecemos, a incontinência urinária não é uma conseqüência normal da idade, isso é uma crença popular. Se a mulher fizer os exercícios adequados fortalecendo a musculatura pélvica poderá prevenir essa perda de tônus.


Como visto na figura acima o assoalho pélvico é composto por vários músculos, que fecham a cavidade pélvica inferiormente sustentando os órgãos situados internamente. A vagina, a uretra e o reto atravessam esse "assoalho” até chegar à superfície. Veja que os esfíncteres são músculos localizados ao redor da uretra e que precisam estar fortes e resistentes para permitir a oclusão da uretra sob esforço e assim, a continência urinária.

ASSUNTO DA PRÓXIMA SEMANA: Tipos de Incontinência Urinária.

domingo, 20 de março de 2011

FISIOTERAPIA UROGINECOLÓGICA

O que é?

É uma área da fisioterapia que trata os transtornos sexuais, incontinência urinária e fecal, constipação, síndrome do intestino irritado, hemorróidea, reabilitação pós - mastectomia, preparo da mulher para o parto, pós parto.

Como é o trabalho da mulher na gravidez?

A melhor fase para trabalhar com a mulher é durante a gravidez e no pós-parto, devido ao aumento de hormônios. É comprovado cientificamente que mulheres que fazem fisioterapia nessa fase terão menos problemas de prolapsos, incontinência urinária, presença de flatos. Além de prevenir estes fatores, a fisioterapia irá preparar a musculatura da mulher para o parto, aliviar as dores e diminuir a retenção hídrica.

O que é incontinência urinária?

É a perda involuntária de urina, determinando um desconforto social e higiênico.

A incontinência resolve só com cirurgia?

A fisioterapia é sempre o tratamento de primeira escolha, pois já é comprovado em estudos que com a fisioterapia pode ser evitado o processo cirúrgico.

O que é disfunção sexual?

É a perturbação nos processos que caracterizam um ciclo de resposta sexual ou dor associada ao intercurso sexual.

Por que fisioterapia na menopausa?

A mulher no climatério tem queda dos níveis hormonais que altera o revestimento da vagina e uretra. Com isso, ocorre à secura vaginal, ardência ao urinar, redução da libido. Sendo importante um tratamento adeguado fisioterapêutico nessa fase da mulher para amenizar tais sintomas.

OBS: Cada tópico acima serão discutidos semanalmente.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Estudo da Prevalência da Incontinência Urinária em Portadores de Diabetes Mellitus

RESUMO

Diabetes Mellitus (DM) é uma síndrome metabólica de etiologia múltipla que acomete milhões de pessoas e compromete a qualidade de vida. Objetivo: Identificar a prevalência de incontinência urinária (IU) em indivíduos diabéticos, relacionando ao tempo de manifestação da doença, idade, sexo, sintomas e tipo de diabetes. Método: Estudo transversal, descritivo com uma amostra de 58 indivíduos, idade superior a 40 anos, de ambos os sexos, portadores de DM tipo 1 ou 2. Os mesmos foram submetidos a uma avaliação composta de quesitos sobre sintomas e possíveis queixas associadas à doença. Utilizou-se o questionário ICIQ-SF para avaliar a freqüência, gravidade e impacto da IU. A análise dos dados obtidos foi através da estatística descritiva, testes não-paramétricos, Qui-Quadrado e a correlação de Spearman. Resultados: Demonstrou predominância de IU na população feminina, maior relação da diabetes tipo II com perda urinária e prevalência de sintomas como poliúria e noctúria. Conclusão: Os indivíduos portadores de Diabetes Mellitus tipo II do sexo feminino, com idade a superior a 60 anos e tempo de manifestação da doença acima de 10 anos, apresentam predisposição às disfunções miccionais e seus sintomas associados. Baseado nisso há necessidade de uma atenção especial às alterações urinárias do Diabético.

PALAVRAS - CHAVE: Diabetes Mellitus, incontinência urinária, poliúria, noctúria.

Confira versão completa do artigo.