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sábado, 28 de maio de 2011

OS CONES VAGINAIS NO TREINAMENTO DA MUSCULATURA DO ASSOALHO PÉLVICO:

A maioria dos casos de incontinência urinária pode ser tratado conservadoramente, ou seja, não precisa de intervenção cirúrgica. No caso de indicação cirúrgica, deve-se fazer o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico para uma preparação pré-operatória e também no pós cirúrgico para se ter uma melhor resposta ao tratamento. Dentre as várias técnicas utilizadas para esse tratamento, estão os cones vaginais.

Quando as pacientes inicia a fisioterapia, muitas vezes há dificuldade em realizar as contrações perineais de forma correta. Cerca de 30% das pacientes executam os exercícios de forma inadequada, ou seja, utilizando músculos acessórios: abdominais, glúteos e adutores das coxas. Para essas pacientes os cones são uma ótima alternativa, pois melhora a percepção da musculatura pélvica.

Os cones vaginais são dispositivos com forma e volume iguais, que variam de peso (entre 20 – 70g). Para facilitar eles possuem cores diferentes, conforme o peso. Internamente são compostos de aço inoxidável e são revestidos de plástico. Na extremidade inferior há um fio de nylon, que auxilia a remoção. Como visto na figura abaixo.

O cone é inserido na vagina da mesma maneira que os absorventes internos. Para que ele continue na vagina é necessário que a paciente contraia a musculatura do assoalho pélvico. A sensação do peso saindo faz com que a paciente contraia involuntariamente a musculatura correta.

A escolha do peso é feita através de um teste: Verifica-se qual cone provoca a sensação de perda, ou seja, sensação de queda. Se com o cone de 20 gramas a paciente não tem essa sensação, ela deve passar para o próximo, e assim, sucessivamente. O treinamento é feito com o cone que “tende a cair”, até que a paciente melhore sua condição muscular e consiga contê-lo, passando então para o próximo.

É importante lembrar que a utilização de qualquer técnica de reabilitação deve ter a orientação de um fisioterapeuta habilitado, que saberá avaliar quais técnicas terão melhores resultados para cada caso.

ASSUNTO DA PRÓXIMA SEMANA: Drenagem linfática.

FISIOTERAPIA NA CÓLICA MENSTRUAL:

A cólica menstrual, também conhecida como dismenorréia, é um grande problema das mulheres atualmente. Este distúrbio é caracterizado por dores intensas no baixo ventre, podendo até mesmo ser irradiada para a parte interna das coxas, provocada por contrações intensas do útero, ocorre imediatamente anterior ao início da menstruação ou nos primeiros dias do ciclo menstrual.

A dismenorréia pode ser primária ou secundária. A forma secundária é causada por miomas, DIU, endometriose, infecções e outras alterações uterinas e pélvicas. A forma primária é causada pelas contrações uterinas em si, sem associação com outras alterações que possam justificar a dor. Cerca de 52% das mulheres que sofrem de dismenorréia apresentam a forma primária, sendo que 10% delas chegam até mesmo a ficarem incapacitadas pela dor.

O tratamento geralmente é baseado em medicamentos, incluindo analgésicos, antiespasmódicos e anticoncepcionais. Infelizmente, muitas vezes esses tratamentos, não apresentam resultados ou os resultados são insatisfatórios. A fisioterapia é outra possibilidade de tratamento, ainda pouco conhecida pela maioria das pessoas, mas bastante estudada e eficaz.

Tipos de tratamentos fisioterapêuticos:

Eletroterapia: O TENS, famoso “choquinho” é um excelente recurso da fisioterapia nos tratamentos de diversos tipos de dor.

Termoterapêuticos: Infra-vermelho, causa analgesia e relaxamento da musculatura.

Cinesioterapia: Exercícios principalmente na região pélvica, para melhorar a coordenação muscular, alongar os músculos e promover o relaxamento destas estruturas. Além disso, o exercício promove naturalmente uma sensação de bem-estar que sempre ajuda a aliviar a dor.

Acupuntura: Utiliza-se pontos de acupuntura relacionado a cólica menstrual, assim também para TPM e dores que a pessoa possa sentir no momento da cólica, tais como a dor na perna, lombar, enjôos e etc. É necessário de uma uma avalição com o profissional qualificado para traçar o melhor tratamento e pontos a serem utilizados.

Massagem reflexa/shiatsu: Realiza-se massagem em pontos relacionados aos problemas de cólica mentrual.

Massagem do tecido conjuntivo: Acredita-se que as alterações do tecido conjuntivo nas áreas de superfície corporal correspondam a lesões dos órgãos internos. É realizado uma massagem com pressão no local correspondente ao problema de base, no caso a cólica menstrual.
O tratamento pode durar aproximadamente três meses, com apenas duas sessões por semana, alivia o problema durante o tratamento e esse alívio ainda persiste após o término do tratamento.

Simples, não é?! E sem contra-indicações.
Sua vida pode ser melhor!

PRÓXIMO ASSUNTO: Cones vaginais.